O amor é um grito num penhasco
do qual jamais se ouvirá o eco.
É o prazer do desprendimento
pelo próprio desprendimento.
O dar-se pelo próprio fato de dar-se
como única forma de ser
exatamente aquilo que se deveria ser.
O amor é desejar simplesmente ser
a resposta na dúvida,
a riqueza na pobreza,
a fartura na escassez,
a presença na ausência,
a alegria na tristeza,
o carinho na carência,
a segurança na escuridão.
Ser o que for preciso
exatamente quando se é necessário,
somente por querer o bem do amado.
O amor é o grito nas montanhas que jamais será ouvido.
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